Sempre sofri do 'mal de pensar demais'. A ansiedade excessiva que já tirou muitas das minhas noites de sono e que me acompanha desde pequeno é, certamente, resultado dele. Quero sempre medir os prós e os contras (e tendo a encontrar inúmeros contas), analisar todos os lados, tentar adivinhar o que o outro vai pensar, como vai agir. Minha cabeça, tal como um daqueles computadores supertecnológicos que são capazes de derrotar o Kasparov, analisa todas as jogadas, todos os riscos... e, no medo de perder, me impede de agir. Penso, e logo desisto.
Mas tenho aprendido a domar o meu lado esquerdo do cérebro e perceber que às vezes, pensar 'de menos' pode mostrar melhores caminhos do que aquele que é analisado, ponderado, estudado. Esse, aliás, é o tema da matéria de capa da Vida Simples desse mês. Falamos de intuição, no sentido mais literal do termo, que nada tem a ver com aquelas questões sobrenaturais, esotéricas. Porque, afinal, todo mundo é capaz de intuir. Tanto você quanto eu. Basta diminuir o volume do raciocínio lógico e estar aberto a ouvir os palpites que a nossa própria mente sussurra ao nosso olvido. Claro que não é um exercício fácil - principalmente na nossa sociedade, que aprendeu a olhar tudo pelos olhos da razão, da lógica -, mas possível. Sobretudo se quisermos aproveitar mais plenamente as chances que nos cruzam o caminho e que nem sempre nos dão o tempo para ponderar. Eu já aprendi: tem horas que eu não penso, e logo invisto. Para mim, pelo menos, tem sido bastante libertador. Algo me diz que pode ser pra você também.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
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Adorei esse texto... realmente existem muitos momentos que devemos agir sem pensar muito =)
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